quinta-feira, junho 24, 2010

A vida, Na vida.

A coisa mais injusta sobre a vida é a maneira como ela termina. Eu acho que o verdadeiro ciclo da vida está todo de trás pra frente. Nós deveríamos morrer primeiro, nos livrar logo disso.

Daí viver num asilo, até ser chutado pra fora de lá por estar muito novo. Ganhar um relógio de ouro e ir trabalhar. Então você trabalha 40 anos até ficar novo o bastante pra poder aproveitar sua aposentadoria. Aí você curte tudo, bebe bastante álcool, faz festas e se prepara para a faculdade.


Você vai para colégio, tem várias namoradas, vira criança, não tem nenhuma responsabilidade, se torna um bebezinho de colo, volta pro útero da mãe, passa seus últimos nove meses de vida flutuando. E termina tudo com um ótimo orgasmo! Não seria perfeito?


Tudo que eu queria dizer, o grande Charles Chaplin disse!

sábado, junho 05, 2010

Soneto da se-pa-ra-ção

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.

De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.

Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.

(Vinícius de Moraes)
Tem hora que bate uma tristeza tão grande que eu não sei o que fazer, e nem pra onde ir. É tanta coisa que eu queria dizer, mas não tem ninguém pra ouvir. Então choro sem ninguém ver. Faço o possível pra segurar a cabeça, mas a emoção não quer que eu me desfaça ou então que eu esqueça do amor daquela pessoa. E eu choro sem ele saber. Choro por tudo que a gente não teve, por tudo que a gente não realizou, choro porque eu sei que ainda te amo e você me amou e ama. Choro por tudo, se assim for preciso, choro porque eu sei que ainda te quero. Choro por tudo e por tudo lhe digo te quero, te espero...