quarta-feira, dezembro 14, 2011

Já era amor antes de ser.

Não eram um casal perfeito, daqueles de cinema. Brigavam muito, ficavam um tempo sem se falar e nesse intervalo ainda rolava uma guerra de indiretas, cada um querendo ser o dono da verdade. Mas no fundo eles sabiam que tudo era joguinho bobo de orgulho, e que por trás das caras fechadas e bicos não se aguentavam de saudade. Tudo bem se eles passavam uma imagem de cão e gato, mas uma coisa é certa… Eles se amavam mais do que qualquer coisa.


(Caio F. Abreu)

terça-feira, dezembro 13, 2011

Mais um pedido.

Acho que já devem ter meu pedido anotado lá, de tanto que eu o faço. Esse ano novo eu vou olhar pra cima e sussurrar: ”Me atendam este ano, por favor”.

terça-feira, dezembro 06, 2011

Alguém como você.



Poderíamos casar. Teríamos um apartamento, tomaríamos café as cinco da tarde, discordaríamos quanto a cor das cortinas, não arrumaríamos a cama diariamente, a geladeira seria repleta de congelados e coca-cola. O armário de porcarias. Adiaríamos o despertador umas trinta vezes, sentaríamos na sala de pijama e pantufas, sairíamos pra jantar em dia de chuva e chegaríamos encharcados, nos beijaríamos no meio de alguma frase, você pegaria no sono com a mão no meu cabelo e eu, escutando sua respiração. Eu riria sem motivo e você perguntaria porque, eu não responderia, saberíamos.

(Caio F. Abreu)

quarta-feira, novembro 23, 2011


 Tudo começou no dia 10/04/2010, quando Aline percebeu que a sua mestruação estava atrasada, assim então resolveu contar para a sua mãe, a mãe de Aline assustada disse: “amanhã quando você voltar do colégio passe na primeira farmácia que tiver no caminho e compre um teste de gravidez.” Aline apreensiva concordou com a cabeça e foi tentar dormir, mesmo sem conseguir pregar os olhos. No dia seguinte, Aline acordou cedo, passou uma água no rosto e foi para o colégio. Não conseguia se concentrar em nada, apenas no teste que iria fazer mais tarde. Quando tocou o sinal para todos irem embora, Aline foi a primeira a sair, sem se despedir de ninguém, entrou na primeira farmácia que viu, comprou o teste e foi direto pra casa, chegando em casa Aline se trancou no banheiro, fez o teste e o resultado vem logo em seguida, e com o resultado vem uma surpresa, Aline está grávida! Nem mesmo a própria Aline acreditou quando viu as duas listinhas no teste. Como já era esperado, Aline sai do banheiro aos prantos e a sua mãe nem precisou perguntar qual o resultado, foi logo abraçando-a e dizendo: “vai ficar tudo bem, tenha calma!”, após o desespero de Aline ter passado ela liga para seu namorado e pede para que ele venha a seu encontro o mais rápido possível. E então ele chega e é surpreendido com a notícia, mas fica feliz ao mesmo tempo. Então ele a olha nos olhos e diz: “não se preocupe, Deus sabe o que faz!” e a abraça.
Então no dia 13/04/2010, Aline fez um novo teste, porém.. foi um exame de sangue em um laboratório, e o resultado o mesmo: Positivo!
Porém, nem tudo são flores.. quando Aline contou para seus familiares, alguns não queriam aceitar que uma adolescente de 17 anos pudesse estar grávida do namorado um ano mais novo que ela. E para piorar, a avó de Aline não gostou nem um pouco da notícia, foi então que ela teve a audácia de obrigar Aline a tomar um remédio para aborto, Aline nesse dia ficou desesperada e disse que não iria matar o seu filho, porém a sua avó a ameaçava e fazia pressão psicológica, a avó de Aline não entendia era que ela só queria um pouco de compreensão de todos, Aline estava passando por uma barra muito grande. Então alguns dias se passaram, e Aline com o seu namorado já estavam se acostumando e até gostando da ideia de serem pais. Quando uma certa tarde, chega na casa de Aline a sua avó com uma cartela com dois comprimidos abortivos, um para usar via oral e o outro interno. Aline ficou desesperada com as ameaças dela e com a pressão que ela fazia, ninguém entendia que Aline só tinha 17 anos e queria poder viver em paz, com seu filho. Mas, Aline foi fraca, deixou que ela a controla-se e acabou tomando o remédio. Neste dia Aline não conseguia nem olhar para a cara da sua avó, de tanto nojo, como um ser humano poderia ser tão cruel assim. Mas já era tarde, Aline já tinha tomado os remédios e já estava começando a sentir cólicas fortes, e então ela foi no banheiro e quando viu lá estava o saquinho gestacional, foi nessa hora que o mundo de Aline desabou, e ela desabou junto. Porém, nada mais poderia ser feito. No dia 27/04/2010, Aline vai ao hospital fazer alguns exames e descobre que o embrião ainda se encontra no útero, porém sem sinal de vida. O que era uma gestação de 6 semanas. Aline é orientada a voltar para casa e ficar de repouso, por que o próprio corpo iria expelir o embrião. Aline repousou durante semanas e nada do organismo expelir o embrião, foi então que com medo que o embrião pudesse apodrecer dentro do útero, Aline voltou no hospital no dia 26/05/2010 explicou toda a situação e foi internada e submetida a fazer a curetagem, ficou internada durante 3 dias, e logo depois teve alta. Aline volta para casa, porém.. nunca mais foi a mesma, em todos os sentidos. 

Hoje em dia Aline está com seus 20 e poucos anos, cursando faculdade e (tentando) seguir seus sonhos. Sim, sem esquecer do namorado dela daquela época, eles não mantiveram mais contato nenhum, apesar de serem quase vizinhos, eles mal se veem quando saem na rua. 

Mas uma coisa Aline nunca vai esquecer, a sensação de ser mãe, por mais que tenha sido por pouco tempo, e o arrependimento de ter tirado a vida da pessoinha que hoje em dia iria ser a pessoa mais importante da sua vida.

quarta-feira, novembro 02, 2011

Um dia chega...


Quase não dá pra suportar, mas dá. Eu nem choro porque é daquelas tristezas que o choro sai em berros e eu ainda estou na casa da minha mãe, não posso berrar assim, do nada. E nem resolveria. Nada resolve. Triste. Só isso. Ninguém vai morrer e nem eu.

(Tati B.)

segunda-feira, outubro 17, 2011

Sempre me lembro das maçãs;


“…Quanto tempo demora? - perguntou ele. - Não sei. Um pouco. Sohrab deu de ombros e voltou a sorrir, desta vez era um sorriso mais largo. - Não tem importância. Posso esperar. É que nem maçã ácida. - Maçã ácida? - Um dia, quando eu era bem pequenininho mesmo, trepei em uma árvore e comi uma daquelas maçãs verdes, ácidas. Minha barriga inchou e ficou dura feito um tambor. Doeu à beça. A mãe disse que, se eu tivesse esperado as maçãs amadurecerem, não teria ficado doente. Agora, quando quero alguma coisa de verdade tento lembrar do que ela disse sobre as maçãs.”

(O Caçador de Pipas)

terça-feira, outubro 04, 2011

Baby, I'm Back!


 Estava sem tempo para novos posts, mas agora acho que tenho tempo até demais. Antigamente eu usava esse blog como ‘diário’, mas percebi que minha vida já era exposta o suficientemente e que eu não precisava expor mais, então comecei a ‘falar’ de outras coisas, tais como ‘sentimento’, porém não os meus, os que eu ouvia falar ou até mesmo os que chegavam até mim sem eu precisar fazer esforço algum, apenas pessoas que queriam desabafar, e eu claro, ficava ludibriada com as histórias e as postava aqui. Porém, hoje em dia as histórias que eu escuto não são mais as que eu gostaria de ouvir. Talvez eu devesse torna-lo um ‘diário’ novamente, é bom às vezes apenas ‘falar’ e não ‘ouvir’ nada. Apenas depositar todo um dia, todo um cotidiano, todo o cansaço, enfim.. Tudo, em algumas palavras, em alguns textos. Sabe aquela sensação de que dormir e acordar já não é o suficiente? Não consigo me acostumar mais a esse tipo rotina. Me sinto na obrigação de fazer alguma coisa, de me sentir útil. Mas por hoje basta, cansei. Como diz uma frase de Tati Bernardi, ‎"Cansada de tudo que começa. Hoje eu queria alguma coisa que continuasse...”.
E quero terminar esse post com uma citação de Caio F. Abreu, "Que Outubro venha com bons ventos, que me traga sorte [...], que não me deixe sofrer, por favor.  Só por um mês, faça tudo dar certo, depois veremos o que vamos fazer em Novembro."

sábado, junho 25, 2011

 
- Alô?
- Oi, não fala nada, só escuta. Sim, tenho plena consciência de que são 2:32 da manhã, ou melhor da madrugada, e que você odeia que te acordem. Sei também que você tá com o coração acelerado porque como sempre, o toque do seu celular é estridente. Mas olha, estou fazendo tudo isso por um bom motivo. Lembra da minha amiga, a Gabriela? Então, ela me apresentou um cara tão lindo, tão inteligente, alto, másculo, e que usa meias referente aos pares. Ele tem dois cachorros dóceis, e mora em um apartamento no centro de São Paulo que é ma-ra-vi-lho-so. Mas antes que você pense que eu liguei pra fazer ciúmes, eu liguei porque eu vim aqui pra sacada fumar, e comecei a chorar. Tava passando ”P.S: eu te amo” na tv por assinatura, e sabe, eu lembrei de quando deitei no sofá com você, e reparei que você usava uma meia de cada par. Você chorou igual criança assistindo, até que aquelas suas duas cachorras monstras resolveram brigar por causa daquele bichinho de pelúcia verde, que você apelidou de melequinha. Olha só, que coisa estúpida, eu fumando. Fumando porque quero parecer mais cool e mais descolada, mas estou chorando porque lembrei que o melequinha era tão engraçadinho. Tá vendo? Eu sou uma burra. Mas você, você também é. Burro por me deixar ir embora, burro por não lutar por mim. Te juro que só mais um pedido para que eu ficasse, eu ficava, e ficava pra sempre! Mas você, como sempre, disse que eu já era grande demais pra decidir o que fazer da vida. Mas vida, que vida? Vida sem você? Não existe. O cheiro desse cara que a Gabi me apresentou é de perfume importado, você sabe o quando sou tarada por perfumes. Mas eu largaria esse cheiro de Paris ou de banco de couro de carro novo, não importa, pelo seu cheiro de cebolas, após uma tentativa frustrada de um jantar romântico. Tô chorando mais ainda. Por que você não me pega no colo, diz a ele que sou sua, e me leva pra sua casinha, meu indie, hippie, sei lá, que tem cheiro de lavanda, hein? Hein? Já se passaram 6 meses, vi suas atualizações nas redes sociais. Vi você começando e terminando relacionamentos como quem começa e termina uma barra de chocolate. E eu não falei nada. Quer dizer, até agora, porque você é um idiota, sabe que me ama e não faz porcaria nenhuma. Mas enfim, além de estar fumando e chorando, eu também tô bebendo. Bebendo muito, mas nem assim esqueço. Você sabe o quanto me faz falta? Todos os poemas de Vinicius me lembram você, e os toques, os sorrisos, as piadas, são tão sem graça se não há você do meu lado, bagunçando meu cabelo e mordendo meu pescoço. Mas tá bom, tô falando demais, né? Você ainda tá aí? Tô falando tanto e nem reparei se a sua respiração tá no outro lado da linha
- Tô respirando sim (risos).
- (risos) Que bom então. Desculpa te acordar, te dizer tudo isso, na verdade, eu só tô um pouco cansada, esquece o que eu disse, eu nem gosto mais de voc …
- Que horas te busco?
- Agora.
- Tô indo, te amo.
- Vem logo, tá frio. Amo você também.

(Camila Archuleta)

sábado, maio 07, 2011

Querida mãe,

Por alguma razão, hoje está tão difícil e exaustivo. Eu abraço meu travesseiro forte enquanto sento sozinha no quarto. Eu mexo inquieta no celular enquanto meu coração por alguma razão se sente vazio hoje. O inesperado toque do celular me surpreende. Eu ouço sua voz, perguntando se eu me alimentei hoje. Embora algumas vezes tenham me irritado, hoje essas palavras parecem diferentes. E todas as promessas esquecidas que eu fiz vêm cheias de volta para mim. A pessoa com quem eu compartilho meus sonhos. A pessoa que costumava pentear meu cabelo, eu penso na minha mãe. Embora às vezes eu machuque você por causa das minhas decisões erradas, você olhava quieta por mim de longe. Embora eu ainda seja uma criança jovem e desajeitada, eu acho que agora entendo o significado das suas orações silenciosas. O que eu devo fazer? Meu coração é ainda tão pequeno. Se eu soltar sua mão, não tenho certeza se posso fazer isto sem você. Eu acho que ainda não estou pronta e estou assustada. Eu me tornarei uma filha sábia, me dê coragem. Não importa aonde eu vá, eu serei uma filha que você poderá ter orgulho. Eu vou realizar os desejos do seu amor com todo o amor que você me mostrou. Eu era muito tímida para expressar isto para você, claramente. Mãe, eu realmente amo você.

terça-feira, abril 05, 2011

Saudade.

Eu preciso muito, muito de você, eu quero muito, muito você aqui de vez em quando, nem que seja muito de vez em quando, você nem precisa trazer maçãs, nem perguntar se estou melhor, você não precisa trazer nada, só você mesmo, você nem precisa dizer alguma coisa no telefone basta ligar e eu fico ouvindo o seu silêncio, juro como não peço mais que o seu silêncio do outro lado da linha ou do outro lado da porta ou do outro lado do muro. Mas, eu preciso muito, muito de você.
(Caio F. Abreu)

Dúvida.

Cá entre nós: fui eu quem sonhou que você sonhou comigo? 

terça-feira, janeiro 11, 2011

Descoberta.

Eu quero poder te apresentar para as minhas amigas, e ver você com ciúmes dos meus amigos. Quero conhecer a sua família, saber as suas histórias engraçadas, e ouvir as suas reclamações sobre a sua vida. Quero jogar street fighter no video game, e te pedir pra me ensinar como que se faz. Quero conhecer seus amigos, mostrar pra eles que não vou roubar você deles. E quando eu sentir ciúmes, eu posso até demonstrar, só pra ver você me agradar, mas não vou causar uma guerra por isso. Quero que você me procure quando sentir minha falta, e eu vou dar o seu espaço para que você possa me querer mais perto. Eu vou entender quando você não quiser ficar comigo e quiser ficar com os seus amigos. Eu não vou querer ser dona de você, nem da sua vida. Eu não vejo a sua aparência física, não reparo nas roupas que você está usando, e até gosto da sua barba por fazer, que faz cócegas no meu rosto. Quando eu quiser brigar com você, eu vou pensar em como isso me magoaria, e como é muito melhor ficar bem com você, e quando você brigar comigo eu vou te agradar até você me perdoar. Vou te mostrar que eu posso ser a sua menina, mas também sei ser sua a mulher na nossa privacidade. Minhas amigas vão me chamar de besta, e você vai até desconfiar do meu sentimento, mas você é importante demais pra mim e eu confio muito em você, e eu estou aqui pra quando você precisar. Sempre.

quinta-feira, janeiro 06, 2011

Tudo acaba por uma simples razão.


Sabe, eu vou continua me achando no direito de sentir ciúmes de você, de ficar com raiva quando aquelas menininhas ficarem em cima de você, de ter vontade de dar meus pitis, é vai ser exatamente assim. Não foi o amor que acabou, foi só a relação.